Viajar é minha paixão, embora nem de longe viajo o tanto que gostaria, mas quem sabe um dia ainda consigo fazer disto o meu trabalho, sonhar não custa nada…Enfim, tenho um interesse especial por alguns lugares que não são nada populares nas listas de “países que quero conhecer” da grande maioria. E na minha lista está a Mongólia, tenho uma curiosidade incrível por este país e sempre me interesso por reportagens e documentários que me permitam conhecer um pouquinho sobre a história e cultura do lugar, enquanto não compro meu ticket e faço as malas.
No momento estou encantada pelos Dukha, povo nômade que vive nas montanhas da Mongólia, fronteira com a Rússia. Acho incrível o jeito que vivem e como respeitam os animais e interagem com a natureza, num tempo onde as tribos nativas quase já não existem mais. Infelizmente só existem umas centenas de pessoas, +/- 40 famílias. Os Dukha são conhecidos como criadores de renas (aqueles bichinhos chifrudos que puxam o trenó do Papai Noel), são tão dependentes um do outro que consideram o animal como parte da família. Alguns dizem que se as renas desaparecerem, eles também deixam de existir.
Tudo gira em torno dos animais, cuidar e alimenta-los. As tarefas são divididas entre a tribo, os homens pastoreiam e protegem os animais dos ataques que lobos, os meninos ajudam a treinar os filhotes e as meninas ajudam a mulheres mais velhas na ordenha e no preparo de iogurte e queijos. Eles raramente matam uma das renas e quando isso acontece aproveitam tudo, a carne, os chifres e a pele para a confecção de roupas e calçados.
Os Dukha também são caçadores e treinam águias e lobos para os ajudarem na tarefa que conseguir comida. Eles praticam o Shamanismo, religião dedicada ao culto a natureza e acreditam que os fantasmas de seus ancestrais vivem nos animais e árvores a volta deles e os guiam na vida. É ou não é de se apaixonar?
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